Colesterol alto: causas, riscos e tratamento
Causas, Sintomas e Diagnóstico das dislipidemias (colesterol alto)
A dislipidemia refere-se a um perfil lipídico (gordura) extraordinário dentro do sangue. Isto pode incluir níveis elevados de colesterol (colesterol alto), triglicérides ou outras partículas lipídicas. A dislipidemia é uma condição comum que pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares, tais como ataques cardíacos e derrames. Há várias causas de dislipidemia:
- Genética
- Estilo de Vida (dieta, sedentarismo, tabagismo)
- Diabetes
- Hipotireodismo
Os sintomas de colesterol alto muitas vezes não são perceptíveis. Entretanto, algumas pessoas com dislipidemia grave podem apresentar xantomas, que são depósitos amarelados de colesterol sob a pele. Os xantomas podem aparecer nas pálpebras, mãos, pés, ou em qualquer outro lugar do corpo.
Para diagnosticar a dislipidemia, um profissional de saúde normalmente faz um exame de sangue para medir os níveis de lipídios. O painel de lipídios mais comum inclui medições de colesterol total, colesterol LDL, colesterol HDL e triglicérides.
Um cardiologista também pode avaliar outros fatores de risco para doenças cardiovasculares, tais como:
- pressão alta
- tabagismo
- resistência insulínica
O tratamento da dislipidemia pode envolver mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios. Medicamentos, tais como estatinas ou fibratos, também podem ser prescritos para baixar os níveis de lipídios. O objetivo do tratamento é reduzir o risco de doenças cardiovasculares e outras complicações associadas à dislipidemia.
Em resumo, a dislipidemia é uma condição comum que pode aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Ela pode ser causada por uma variedade de fatores, incluindo genética, estilo de vida e condições médicas. Embora os sintomas possam não ser perceptíveis, a dislipidemia pode ser diagnosticada através de um exame de sangue.
O Papel da Genética nas Dislipidemias: Implicações para diagnóstico e tratamento
As dislipidemias são um grupo de desordens caracterizadas por níveis anormais de lipídios no sangue, incluindo colesterol e triglicerídeos. Estes distúrbios são conhecidos por aumentar o risco de doenças cardiovasculares, que é a principal causa de morte em todo o mundo.
Embora as dislipidemias possam ser causadas por uma variedade de fatores, incluindo estilo de vida, dieta e outros fatores ambientais, a genética também desempenha um papel importante. De fato, estima-se que até 60% da variabilidade nos níveis de lipídios no plasma pode ser devida a fatores genéticos.
Existem vários distúrbios genéticos que são conhecidos por causar dislipidemias, incluindo:
- hipercolesterolemia familiar (HF),
- hiperlipidemia combinada familiar (HCF)
- hipertrigliceridemia familiar (HTGF).
Estes distúrbios são tipicamente causados por mutações em genes que regulam o metabolismo lipídico, tais como o gene receptor LDL na HF. Os testes genéticos podem ser úteis no diagnóstico desses distúrbios, bem como na identificação de indivíduos que podem estar sob maior risco de desenvolver dislipidemias no futuro.
Por exemplo, indivíduos com um histórico familiar de dislipidemia podem ter maior probabilidade de ter uma predisposição genética subjacente, e os testes genéticos podem ajudar a identificar aqueles com maior risco.
Em termos de tratamento, a identificação de mutações genéticas que contribuem para a dislipidemia pode ser útil para determinar a terapia mais apropriada. Por exemplo, indivíduos com HF podem se beneficiar do tratamento com estatinas e outros medicamentos que reduzem os lipídios, enquanto indivíduos com HTGF podem se beneficiar de modificações dietéticas e medicamentos que visam os níveis de triglicérides.
Em conclusão, a genética desempenha um papel importante no desenvolvimento e gerenciamento das dislipidemias. Ao identificar mutações genéticas que contribuem para esses distúrbios, os prestadores de serviços de saúde podem diagnosticar e tratar melhor os indivíduos afetados, assim como identificar aqueles com maior risco de desenvolver dislipidemias no futuro.
A relação entre Níveis elevados de triglicerídeos e desenvolvimento de pancreatite, esteatose hepática, aterosclerose e acidente vascular cerebral
A saúde do nosso sistema cardiovascular é essencial para manter uma vida plena e ativa. No entanto, uma condição conhecida como dislipidemia, caracterizada por alterações nos níveis de lipídios no sangue, pode colocar essa saúde em risco. Entre os diversos fatores que provocaram a dislipidemia, os níveis elevados de triglicerídeos são especialmente preocupantes.
Os triglicerídeos são uma forma de gordura encontrada no sangue e são essenciais para fornecer energia ao nosso organismo. No entanto, quando esses níveis estão cronicamente elevados, aumentam as chances de desenvolver complicações graves como a pancreatite. Estudos mostraram que altos níveis de triglicerídeos podem apresentar um episódio agudo de pancreatite, uma inflamação do pâncreas que pode ser extremamente dolorosa e potencialmente fatal.
Além disso, a relação entre triglicerídeos elevados e esteatose hepática, conhecida popularmente como gordura no fígado, tem sido amplamente apreciada. O excesso excessivo de triglicerídeos no fígado pode levar à inflamação e danos hepáticos, aumentando o risco de desenvolvimento de cirrose e outras doenças hepáticas graves.
A aterosclerose, processo de formação de placas de gordura nas paredes das artérias, também é influenciada pelos níveis elevados de triglicerídeos. Essa condição pode levar ao estreitamento e ao endurecimento das artérias, restringindo o fluxo sanguíneo para os órgãos de resistência. Como resultado, o risco de ataques cardíacos e derrames aumenta consideravelmente.
Além das instruções mencionadas acima, altos níveis de triglicerídeos também estão associados a um maior risco de desenvolver acidente vascular cerebral (AVC). A presença de triglicerídeos em excesso no sangue pode contribuir para a formação de coágulos sanguíneos que obstruem as artérias respiratórias, interrompendo o fluxo sanguíneo e causando um derrame.
Diante dessas informações, é evidente a importância de monitorar e controlar os níveis de triglicerídeos para evitar complicações graves. Adotar um estilo de vida saudável, incluindo uma dieta equilibrada, exercícios físicos regulares, evitar o consumo excessivo de álcool e tabaco, e, quando necessário, o uso de medicamentos prescritos por um profissional de saúde, podem ser medidas eficazes na prevenção e tratamento da dislipidemia.
Em suma, o controle dos níveis de triglicerídeos desempenha um papel crucial na manutenção de uma boa saúde cardiovascular. Ao adotar hábitos de vida saudáveis e buscar acompanhamento médico adequado, podemos reduzir significativamente as chances de desenvolver pancreatite, esteatose hepática, aterosclerose e acidente vascular cerebral, proporcionando uma vida plena e saudável.
Gerenciamento de Dislipidemias: Abordagens atuais e direções futuras
A dislipidemia refere-se a níveis anormais de lipídios (por exemplo: colesterol, triglicerídeos) no sangue, que podem aumentar o risco de doenças cardiovasculares. O gerenciamento de dislipidemias normalmente envolve uma combinação de modificações no estilo de vida e medicamentos. Neste artigo, discutiremos as abordagens atuais para o gerenciamento das dislipidemias e as possíveis direções futuras no campo.
Abordagens atuais para o gerenciamento de dislipidemias:
- Modificações no estilo de vida:
Estas incluem mudanças na dieta (como a redução da ingestão de gorduras saturadas e trans, aumento da ingestão de fibras e redução da ingestão de álcool), exercícios regulares, e perda de peso. Estas mudanças podem melhorar os perfis lipídicos e reduzir o risco cardiovascular.
- Estatinas:
As estatinas são uma classe de medicamentos que inibem a enzima HMG-CoA reductase, que está envolvida na síntese do colesterol. Elas são normalmente a medicação de primeira linha para administrar dislipidemias, e tem demonstrado reduzir eventos cardiovasculares.
- Outros medicamentos:
Em alguns casos, outros medicamentos podem ser usados em combinação com estatinas ou como uma alternativa às estatinas. Estes incluem seqüestrantes de ácido biliar, fibratos e inibidores PCSK9.
Dislipidemias e doenças cardiovasculares: Fatores de Risco e Estratégias de Prevenção
A dislipidemia é uma condição médica caracterizada por um nível anormal de lipídios ou gorduras no sangue, incluindo colesterol e triglicérides. Esses lipídios podem se acumular nas paredes das artérias, causando aterosclerose, que é um importante fator de risco para doenças cardiovasculares (DCV).
A DCV refere-se a um grupo de doenças que afetam o coração e os vasos sanguíneos, incluindo doença arterial coronariana, acidente vascular cerebral e doença arterial periférica.
- Fatores de risco para dislipidemias e Doença Cardiovascular (DCV)
Há vários fatores de risco associados a dislipidemias e DCV, inclusive:
- Idade: Conforme as pessoas envelhecem, o risco de dislipidemia e de DCV aumenta.
- Gênero: Os homens são mais propensos a desenvolver dislipidemias e DCV do que as mulheres.
- História familiar: Pessoas com histórico familiar de dislipidemia ou DCV têm um risco maior de desenvolver a condição.
- Dieta: Uma dieta rica em gordura trans, carnes processadas, fast food e carboidratos simples pode aumentar o risco de dislipidemia e DCV.
- Vida sedentária: A falta de atividade física pode aumentar o risco de dislipidemia e de DCV.
- Obesidade: O excesso de peso ou obesidade pode aumentar o risco de dislipidemia e DCV.
- Tabagismo: Fumar pode danificar as paredes dos vasos sanguíneos e aumentar o risco de dislipidemia e DCV.
- Estratégias de prevenção de dislipidemias e DCV
Há várias estratégias de prevenção que podem reduzir o risco de dislipidemias e DCV, inclusive:
- Dieta: Comer uma dieta saudável que seja baixa em gorduras saturadas e trans, colesterol e carboidratos simples pode reduzir o risco de dislipidemia e DCV.
- Exercício: Atividade física regular pode reduzir o risco de dislipidemia e DCV.
- Controle de peso: A manutenção de um peso saudável pode reduzir o risco de dislipidemia e DCV.
- Cessação do tabagismo: Deixar de fumar pode reduzir o risco de dislipidemia e DCV.
- Medicamentos: Medicamentos, tais como estatinas, podem ser usados para baixar os níveis de colesterol e reduzir o risco de dislipidemia e CVD.
- Exames regulares: Exames regulares com um profissional de saúde podem ajudar a identificar dislipidemia e fatores de risco de DCV e permitir a intervenção precoce.
A dislipidemia é um fator de risco importante para a DCV, e há vários fatores de risco que aumentam a probabilidade de desenvolver a condição. Entretanto, há também diversas estratégias de prevenção que podem reduzir o risco de dislipidemia e DCV, incluindo uma dieta saudável, exercícios regulares, controle de peso, cessação do tabagismo, medicamentos e check-ups regulares com um médico cardiologista. Ao adotar essas estratégias, os indivíduos podem reduzir seu risco de desenvolver dislipidemia e DCV e melhorar sua saúde cardiovascular geral.
Intervenções não Farmacológicas para Dislipidemias: Mudanças no estilo de vida e modificações dietéticas
A dislipidemia se refere aos níveis anormais de lipídios, ou gorduras, no sangue. Níveis altos de colesterol de lipoproteína de baixa densidade (LDL) e níveis baixos de colesterol de lipoproteína de alta densidade (HDL) são os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares.
Embora os medicamentos possam ser eficazes no gerenciamento de dislipidemias, intervenções não-farmacológicas como mudanças de estilo de vida e modificações dietéticas são muitas vezes recomendadas como primeira linha de tratamento.
Seguem algumas mudanças de estilo de vida e modificações dietéticas que podem ajudar a gerenciar as dislipidemias:
- Perda de peso: A perda de peso em excesso pode ajudar a melhorar os perfis lipídicos, particularmente em pessoas com sobrepeso ou obesidade. Mesmo uma modesta perda de peso de 5-10% pode levar a melhorias significativas nos níveis de colesterol.
- Exercício: Atividade física regular pode ajudar a aumentar os níveis de colesterol HDL e diminuir os triglicérides. A American Heart Association recomenda pelo menos 2,5 horas (150 minutos) de exercícios aeróbicos de intensidade moderada por semana.
- Modificações dietéticas: A dieta mediterrânea, que é rica em frutas, vegetais, grãos integrais e gorduras saudáveis como o azeite de oliva, mostrou melhorar os perfis lipídicos. Outras modificações dietéticas que podem ajudar a administrar as dislipidemias incluem a redução das gorduras saturadas e trans, o aumento da ingestão de fibras e a limitação do consumo de álcool.
- Cessação do tabagismo: O fumo pode diminuir os níveis de colesterol HDL e aumentar o risco de doenças cardiovasculares. Deixar de fumar pode ajudar a melhorar os perfis lipídicos e a saúde em geral.
- Redução do estresse: O estresse crônico pode contribuir para dislipidemias e doenças cardiovasculares. A prática de técnicas de redução do estresse como meditação, ioga ou respiração profunda pode ajudar a controlar as dislipidemias.
Intervenções não-farmacológicas como mudanças de estilo de vida e modificações dietéticas são freqüentemente recomendadas como primeira linha de tratamento para as dislipidemias. Essas intervenções podem ajudar a melhorar os perfis lipídicos e reduzir o risco de doenças cardiovasculares, em combinação com intervenções farmacológicas, se necessário.
Terapias de Drogas para Dislipidemias: Escolhendo a medicação certa para o paciente certo
A dislipidemia é uma condição caracterizada por níveis anormais de lipídios no sangue, incluindo colesterol e triglicérides. É um fator de risco importante para doenças cardiovasculares, que é a principal causa de morte em todo o mundo.
A terapia medicamentosa é um componente importante do tratamento das dislipidemias, e escolher a medicação certa para o paciente certo é fundamental para alcançar as metas de tratamento e prevenir eventos cardiovasculares.
Há várias classes de medicamentos usados para tratar dislipidemias, incluindo:
- Estatinas: As estatinas são os medicamentos mais comumente prescritos para a dislipidemia e funcionam inibindo a enzima HMG-CoA reductase, responsável pela síntese do colesterol no fígado. As estatinas são altamente eficazes na redução dos níveis de colesterol LDL e demonstraram reduzir o risco de eventos cardiovasculares em pacientes com dislipidemia. Esses medicamentos são considerados a terapia de primeira linha para o tratamento da dislipidemia e têm sido amplamente estudados em ensaios clínicos randomizados. Existem várias estatinas disponíveis no mercado, incluindo atorvastatina, rosuvastatina, simvastatina e pravastatina. O tipo e a dose de estatina escolhidos para o tratamento dependerão da gravidade da dislipidemia, das comorbidades do paciente e de outros fatores de risco para doenças cardiovasculares.
- Fibratos: Os fibratos são uma classe de medicamentos utilizados no tratamento da hipertrigliceridemia, uma condição em que os níveis de triglicerídeos no sangue estão elevados. Eles funcionam reduzindo a produção de triglicerídeos no fígado e aumentando a eliminação dos triglicerídeos presentes no sangue. Os fibratos têm demonstrado serem eficazes na redução dos níveis de triglicerídeos em até 50%, bem como na elevação dos níveis de HDL-colesterol. No entanto, eles não parecem ter um impacto significativo na redução dos níveis de colesterol LDL-colesterol. Os fibratos são frequentemente prescritos em combinação com estatinas para o tratamento da dislipidemia mista, que é uma condição em que os níveis de colesterol e triglicerídeos estão elevados. Esta combinação pode proporcionar um efeito sinérgico, levando a uma redução ainda maior nos níveis de triglicerídeos e colesterol, bem como a uma redução no risco de doenças cardiovasculares. Os fibratos podem causar efeitos colaterais, como desconforto gastrointestinal, dor muscular, elevação das enzimas hepáticas e cálculos biliares. Pacientes com doença hepática ou renal, bem como aqueles em tratamento com outros medicamentos, devem ser avaliados cuidadosamente antes de iniciar o tratamento com fibratos.
Além das estatinas, outros agentes de redução de lipídios, como os inibidores de PCSK9 (terapias que visam a enzima proproteína convertase subtilisina/kexina tipo 9), também demonstraram ser eficazes na redução dos níveis de colesterol LDL e na prevenção de eventos de DCV. O inibidor da PCSK9 é um regulador chave dos níveis receptores de lipoproteína de baixa densidade (LDL) no fígado, e as terapias que inibem a PCSK9 mostraram reduzir os níveis de colesterol LDL e reduzir o risco cardiovascular.
A farmacoterapia com estatinas e outros agentes lipídicos, bem como as modificações no estilo de vida, incluindo uma dieta saudável, exercícios regulares e a cessação do tabagismo, são estratégias eficazes para o tratamento da dislipidemia e prevenir eventos cardiovasculares.
Uso de suplementos no tratamento da Dislipidemia
O colesterol alto é uma condição de saúde comum que afeta muitas pessoas em todo o mundo. Níveis elevados de colesterol LDL (lipoproteína de baixa densidade), pode aumentar o risco de doenças cardíacas e derrame cerebral. Embora o medicamento seja comumente usado para tratar o colesterol alto, algumas pessoas podem optar por suplementos naturais como tratamento complementar.
Aqui estão alguns suplementos que foram estudados por seus potenciais efeitos de redução do colesterol:
- Suplementos de fibra: Os suplementos de fibras, tais como psílio e farelo de aveia, podem ajudar a reduzir os níveis de colesterol LDL ligando-se ao colesterol no intestino e impedindo sua absorção. Consumir 5-10 gramas de fibra solúvel por dia pode reduzir os níveis de colesterol LDL em cerca de 5%.
- Cúrcuma: A curcumina é um composto polifenólico presente na raiz da cúrcuma, uma planta da família do gengibre. Esse composto tem sido objeto de estudos científicos devido aos seus potenciais benefícios para a saúde, incluindo a sua capacidade de reduzir os níveis de colesterol no sangue, o que pode torná-la uma opção terapêutica complementar no tratamento da dislipidemia. A curcumina parece exercer esses efeitos benéficos através de diversos mecanismos, incluindo a inibição da síntese de colesterol no fígado, a redução da absorção intestinal de colesterol e a melhoria do metabolismo da glicose. Estudos têm mostrado que a suplementação com curcumina pode levar a uma redução nos níveis de colesterol total e LDL-colesterol e aumento do níveis de HDL-colesterol. Além disso, a curcumina tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que também podem contribuir para a prevenção de doenças cardiovasculares.
- Ácidos graxos Ômega-3: O Omega-3 é um ácido graxo poli-insaturado que desempenha um papel importante na saúde cardiovascular. Dentre suas várias propriedades, está a capacidade de reduzir os níveis de colesterol total e LDL-colesterol e os triglicerídeos, além de aumentar os níveis de HDL-colesterol. Ômega-3 são encontrados em alimentos como peixes gordurosos, como salmão, sardinha e atum, bem como em sementes de linhaça, nozes e linhaça. Estudos clínicos têm demonstrado que a suplementação com ômega-3 pode reduzir significativamente os níveis de triglicerídeos, bem como reduzir o risco de doenças cardiovasculares em pacientes com hipertrigliceridemia. Além disso, a suplementação com ômega-3 tem sido associada à redução do risco de eventos cardiovasculares, como infarto do miocárdio, acidente vascular cerebral e morte cardiovascular em pacientes com doença cardiovascular estabelecida. Embora os efeitos do ômega-3 sobre o colesterol total e LDL-colesterol não sejam tão fortes quanto os das estatinas, o ômega-3 ainda é uma opção atraente para pessoas que não toleram as estatinas ou que desejam evitar o uso de medicamentos.
- Coenzima Q10 (CoQ10): A CoQ10 também conhecida como ubiquinona, é uma substância produzida pelo organismo humano que desempenha um papel fundamental na produção de energia celular. A coenzima Q10 também é sintetizada pela mesma via metabólica que produz o colesterol, ou seja, através da enzima HMG-CoA redutase. A inibição da HMG-CoA redutase pelas estatinas é um mecanismo eficaz para reduzir os níveis de colesterol no sangue, mas também pode levar a uma redução nos níveis de coenzima Q10, o que pode contribuir para alguns dos efeitos colaterais associados ao uso de estatinas. Sobre CoQ10 os estudos sugeriram: 1- a sua suplementação pode ajudar reduzir os níveis de colesterol LDL, embora a evidência seja mista. 2 – pode prevenir ou reduzir os efeitos colaterais musculares das estatinas, como a dor muscular, fadiga e a fraqueza. 3 – Os níveis de coenzima Q10 no organismo estariam reduzidos devido as estatinas (medicamentos amplamente utilizados para reduzir os níveis de colesterol). Embora a redução nos níveis de coenzima Q10 não seja considerada uma reação adversa grave, pode ser potencialmente prejudicial em pacientes com doenças cardíacas e musculares, que podem apresentar deficiência dessa substância. No entanto, é importante destacar que ainda não existe um consenso científico sobre a necessidade de suplementação de coenzima Q10 em pacientes que fazem uso de estatinas. Assim sendo, a suplementação de coenzima Q10 pode ser uma boa opção para alguns pacientes desde que seja prescrita por um profissional de saúde qualificado, após avaliação individualizada.
- Astaxantina: A astaxantina é um carotenoide natural encontrado em algas, crustáceos e peixes, que tem sido objeto de estudos científicos devido aos seus potenciais benefícios para a saúde, incluindo a sua capacidade de reduzir os níveis de colesterol no sangue. No entanto, alguns estudos têm indicado que a astaxantina pode ser uma opção terapêutica complementar no tratamento da hipercolesterolemia. A astaxantina parece exercer esses efeitos benéficos através de diversos mecanismos, incluindo a inibição da absorção intestinal de colesterol, a inibição da oxidação de LDL-colesterol e a redução da inflamação. Estudos têm mostrado que a suplementação com astaxantina pode levar a uma redução nos níveis de colesterol total e LDL-colesterol, além de aumentar os níveis de HDL-colesterol. Astaxantina tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que também podem contribuir para a prevenção de doenças cardiovasculares.
- Resveratrol: O resveratrol é um composto polifenólico encontrado em algumas plantas, como uvas, e que tem sido objeto de estudos científicos devido aos seus potenciais benefícios para a saúde. Dentre esses benefícios, há evidências de que o resveratrol pode ser utilizado no tratamento da dislipidemia como uma opção terapêutica complementar. Estudos realizados em animais e humanos indicam que o resveratrol pode reduzir os níveis de colesterol total e LDL-colesterol, além de aumentar os níveis de HDL-colesterol. O resveratrol parece exercer esses efeitos benéficos através de diversos mecanismos, incluindo a inibição da síntese de colesterol no fígado, a redução da absorção intestinal de colesterol e a melhoria do metabolismo da glicose. Além disso, o resveratrol tem propriedades antioxidantes e anti-inflamatórias, que também podem contribuir para a prevenção de doenças cardiovasculares.
É importante notar que embora esses suplementos possam ter alguns efeitos de redução do colesterol, eles não são um substituto para mudanças de estilo de vida e medicamentos quando necessário. Além disso, é importante falar com um médico antes de tomar qualquer suplemento, pois eles podem interagir com medicamentos ou ter outros efeitos colaterais potenciais.
Dislipidemia na terceira idade
A dislipidemia também é prevalente na população idosa, e o manejo da dislipidemia nesta população pode ser complexo. Em geral, os objetivos do tratamento da dislipidemia em idosos devem ser individualizados, levando em conta a saúde geral do paciente e sua expectativa de vida.
Uma consideração na população idosa é o aumento do risco de interações medicamentosas e efeitos colaterais. As estatinas, que são comumente usadas para tratar a dislipidemia, podem interagir com outros medicamentos, tais como anticoagulantes e certos antibióticos. As estatinas também podem causar dor muscular e fraqueza, o que pode ser mais comum na população idosa.
Faz necessário levar em consideração que muitos pacientes idosos com dislipidemia têm comorbidades, tais como Diabetes, Obesidade e Hipertensão Arterial, o que pode complicar o tratamento. Nesses casos, o tratamento da dislipidemia deve ser integrado ao gerenciamento dessas condições.
O risco de doença cardiovascular nos idosos é maior, mas os benefícios potenciais do tratamento podem ser menores devido aos riscos concorrentes de outras condições de saúde e a uma expectativa de vida mais curta. Como tal, a decisão de tratar a dislipidemia no idoso deve ser cuidadosamente considerada caso a caso.
O médico especialista em tratar colesterol alto é o cardiologista, o Dr. Bruno de Alvarenga além de cardiologista é clínico geral.
Conclusão
As dislipidemias são um importante fator de risco para doenças cardiovasculares, e o tratamento adequado é crucial para a prevenção e o controle dessas condições. Várias opções de tratamento estão disponíveis, incluindo mudanças no estilo de vida e terapia medicamentosa. É importante enfatizar a necessidade de um abordagem individualizada para cada paciente, levando em consideração fatores como idade, comorbidades e perfil lipídico, para garantir um tratamento efetivo e seguro.
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