Como perder gordura visceral e ter remissão de 1 ou mais doenças?
Gordura Visceral: A Gordura Perigosa que Você Precisa conhecer
A gordura visceral, também conhecida como gordura intra-abdominal, é o tipo de gordura que envolve os órgãos da cavidade abdominal, como:
- Fígado
- Pâncreas
- Intestinos
Você sabe a diferença entre gordura visceral e gordura subcutânea? Ao contrário da gordura subcutânea, que é a gordura que se acumula sob a pele, a gordura intra-abdominal é metabolicamente ativa e pode liberar hormônios e moléculas inflamatórias que podem afetar negativamente a saúde.
Estudos recentes mostraram que a gordura visceral é um fator de risco significativo para uma série de condições de saúde, incluindo doenças cardiovasculares (risco cardiovascular), diabetes e certos tipos de câncer. De fato, descobriu-se que a gordura visceral é um preditor mais forte de risco à saúde do que o índice de massa corporal (IMC) ou a gordura corporal total.
Uma das principais razões pelas quais a gordura intra-abdominal é tão perigosa é que ela pode levar à resistência insulínica, uma condição na qual as células do corpo se tornam resistentes aos efeitos da insulina, o que pode levar ao desenvolvimento de diabetes tipo 2. Além disso, ela aumenta a produção de colesterol LDL, ou colesterol “ruim”, que pode contribuir para o desenvolvimento de doenças cardíacas.
Felizmente, existem maneiras de reduzir gordura visceral e melhorar a saúde em geral. A dieta para perder gordura visceral consiste em uma alimentação saudável e pobre em açúcar, carboidratos refinados, gordura trans e gordura saturada . O exercício regular, particularmente o treinamento em intervalos de alta intensidade (HIIT), também demonstrou ser eficaz para queimar gordura visceral.
O papel da gordura visceral nos distúrbios metabólicos
Ao contrário da gordura subcutânea, que fica logo abaixo da pele, a gordura visceral é metabolicamente ativa, produzindo hormônios e outras moléculas que contribuem para o desenvolvimento de distúrbios metabólicos, como resistência à insulina, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares.
Uma das principais formas pelas quais a gordura visceral contribui para os distúrbios metabólicos é através de seus efeitos sobre a sensibilidade insulínica. A insulina é um hormônio que regula a absorção e o uso da glicose (açúcar) pelas células do corpo.
Em indivíduos com excesso de gordura visceral, as células de gordura podem liberar moléculas como ácidos graxos livres e citoquinas inflamatórias que prejudicam a sinalização da insulina e promovem a resistência à insulina. Isto significa que as células do corpo se tornam menos sensíveis à insulina, e a glicose permanece na corrente sanguínea, levando a altos níveis de açúcar no sangue.
Além de seus efeitos sobre a sensibilidade à insulina, a gordura intra-abdominal também pode contribuir para distúrbios metabólicos ao promover a inflamação. O tecido adiposo não é apenas um local de armazenamento de excesso de energia; ele também contém células imunes que podem liberar moléculas inflamatórias.
Em indivíduos com excesso de gordura visceral, o tecido adiposo pode inflamar-se, e a liberação resultante de citocinas pode contribuir para o desenvolvimento de inflamação crônica de baixo grau em todo o corpo. Esta inflamação pode prejudicar ainda mais a sinalização da insulina e aumentar o risco de desenvolvimento de distúrbios metabólicos.
A gordura visceral também tem sido ligada ao desenvolvimento de dislipidemia, uma condição caracterizada por níveis anormais de lipídios (gorduras) no sangue. Os indivíduos com excesso de gordura visceral tendem a ter níveis altos de triglicerídeos e níveis baixos de colesterol HDL, o que pode aumentar o risco de desenvolver aterosclerose e doenças cardiovasculares.
De modo geral, o papel da gordura visceral nos distúrbios metabólicos está se tornando cada vez mais reconhecido como uma grande preocupação de saúde.
Mudanças no estilo de vida, tais como exercícios regulares, uma dieta saudável e perda de peso podem ajudar a reduzir a gordura visceral e melhorar a saúde metabólica. Além disso, intervenções específicas como medicamentos e suplementos que melhoram a sensibilidade à insulina ou reduzem a inflamação podem ser eficazes para reduzir o risco de desenvolver distúrbios metabólicos em indivíduos com excesso de gordura visceral.
Acúmulo de gordura visceral e risco de doenças cardiovasculares
A obesidade visceral é o tipo de gordura que se acumula na cavidade abdominal e envolve os órgãos internos. Ao contrário da gordura subcutânea, que se acumula sob a pele, a gordura visceral é metabolicamente ativa e libera hormônios e outras moléculas que podem ter efeitos nocivos sobre o organismo. Este tipo de gordura está fortemente associado a um risco aumentado de doença cardiovascular (DCV), que é a principal causa de morte em todo o mundo.
Vários mecanismos foram propostos para explicar a ligação entre o acúmulo de gordura intra-abdominal e o risco de DCV. Um dos principais mecanismos é o efeito da gordura visceral na resistência insulínica e no metabolismo da glicose. A gordura visceral produz e libera hormônios e citocinas que interferem com a capacidade do corpo de usar insulina de forma eficaz, levando à resistência à insulina e à hiperglicemia. A resistência à insulina é um fator de risco importante para a DCV e está associada a outros distúrbios metabólicos, como o diabetes tipo 2.
Outro mecanismo pelo qual a gordura visceral aumenta o risco de DCV é através de seu impacto sobre o metabolismo lipídico. A gordura visceral produz e libera ácidos graxos livres, que são absorvidos pelo fígado e convertidos em triglicérides. Altos níveis de triglicerídeos no sangue estão associados a um risco aumentado de aterosclerose e outros eventos cardiovasculares.
Além disso, a gordura visceral está associada à inflamação crônica de baixo grau, que pode contribuir para o desenvolvimento e progressão da DCV. As moléculas pró-inflamatórias produzidas pela gordura visceral podem danificar as células endoteliais que revestem os vasos sanguíneos e promover a formação da placa aterosclerótica.
Vários estudos mostraram uma forte associação entre o acúmulo de gordura visceral e o risco de DCV. Por exemplo, um estudo em larga escala com mais de 350.000 participantes descobriu que a gordura visceral era um preditor mais forte do risco de DCV do que o IMC ou a circunferência da cintura. Outro estudo descobriu que mesmo em pessoas com IMC normal, altos níveis de gordura visceral estavam associados a um aumento do risco cardiovascular.
A redução da gordura visceral através de intervenções no estilo de vida pode levar a melhorias na saúde metabólica e a uma redução do risco de DCV, exemplos:
- Atividade física regular, particularmente o exercício aeróbico, demonstrou ser particularmente eficaz na redução da gordura visceral.
- Dieta saudável que enfatiza os alimentos naturais e frescos, limita os alimentos integrais e exclui os alimentos processados e açucarados também pode ajudar a reduzir a gordura visceral e melhorar a saúde em geral.
Em conclusão, o acúmulo de gordura intra-abdominal está fortemente associado a um aumento do risco de doenças cardiovasculares. A compreensão dos mecanismos subjacentes a esta associação pode ajudar a informar estratégias para prevenir e gerenciar a DCV.
Intervenções no estilo de vida que reduzem a gordura visceral, tais como exercícios & dieta saudável, podem ser eficazes para reduzir o risco de DCV e melhorar a saúde metabólica.
Impacto da gordura visceral na resistência à insulina e ao diabetes
A resistência à insulina é uma condição em que as células do corpo se tornam menos sensíveis ao hormônio insulina, que desempenha um papel crucial na regulação dos níveis de açúcar no sangue. Como resultado, o pâncreas tem que produzir mais insulina para manter os níveis normais de açúcar no sangue. Com o tempo, o pâncreas fica exausto e não pode mais produzir insulina suficiente, levando a altos níveis de açúcar no sangue e eventualmente a diabetes tipo 2.
Estudos demonstraram que a gordura intra-abdominal secreta uma série de moléculas bioativas, incluindo ácidos graxos livres, citocinas e adipocinas, que podem interferir na sinalização da insulina e no metabolismo da glicose. Pensa-se que estas moléculas induzem inflamação e estresse oxidativo, ambos conhecidos por contribuírem para a resistência à insulina.
Além disso, a gordura visceral é metabolicamente ativa e é capaz de produzir hormônios e outras moléculas de sinalização que afetam o equilíbrio energético e o metabolismo da glicose. Por exemplo, a gordura visceral produz mais do hormônio cortisol, que está associado ao aumento da resistência à insulina e à intolerância à glicose.
Pesquisas também mostraram que a gordura intra-abdominal é um melhor preditor de resistência à insulina e diabetes do que outras medidas de gordura corporal, tais como:
-
- Índice de massa corporal (IMC)
-
- Circunferência da cintura abdominal.
De fato, mesmo pessoas que não estão acima do peso ou são obesas podem ter altos níveis de gordura visceral e estar em risco de resistência à insulina e diabetes.
A redução da gordura visceral através de dieta e exercícios físicos tem demonstrado melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir o risco de diabetes tipo 2.
A redução de gordura visceral e melhora da saúde metabólica geral é possível com uma estratégia de saúde que combine atividade física regular com dieta saudável, com as seguintes características:
- Baixa em alimentos processados
- Rica em fibras
- Rica em Proteínas magras
- Rica em Gorduras saudáveis
Em conclusão, o impacto da gordura intra-abdominal na resistência à insulina e ao diabetes é significativo. O acúmulo de gordura em torno de órgãos vitais na cavidade abdominal interfere na sinalização da insulina e no metabolismo da glicose, contribuindo para o desenvolvimento da resistência à insulina e, em última instância, ao diabetes tipo 2. A redução da gordura visceral através de mudanças no estilo de vida é uma estratégia importante para prevenir e administrar estas condições.
A relação entre a gordura visceral e o risco de câncer
Estudos descobriram que altos níveis de gordura intra-abdominal estão associados a um risco aumentado de várias doenças crônicas, incluindo:
- Diabetes tipo 2
- Doenças cardiovasculares
- Certos tipos de câncer
Pesquisas demonstraram que existe uma ligação entre a gordura visceral e o risco de câncer. Em particular, estudos descobriram que altos níveis de gordura intra-abdominal estão associados a um risco aumentado de câncer, como:
- Câncer de mama
- Câncer colorretal
- Câncer pancreático
Uma razão para esta associação é que a gordura visceral produz hormônios como o estrogênio, que pode promover o crescimento de alguns tipos de câncer de mama. A gordura intra-abdominal também produz citoquinas inflamatórias, que podem contribuir para o desenvolvimento do câncer de cólon.
Outra forma pela qual a gordura visceral pode aumentar o risco de câncer é interferindo na sensibilidade insulínica. A insulina é um hormônio que regula os níveis de açúcar no sangue, e a resistência à insulina é um fator de risco para vários tipos de câncer. A gordura visceral produz hormônios e citocinas que podem interferir na sinalização da insulina, levando à resistência à insulina e a um aumento do risco de câncer.
É importante notar que a ligação entre a gordura visceral e o risco de câncer não é totalmente compreendida, e é necessária mais pesquisa para explorar os mecanismos por trás desta associação. Entretanto, é claro que a redução dos níveis de gordura visceral através de mudanças no estilo de vida, como dieta e exercícios físicos, pode ter inúmeros benefícios à saúde, inclusive uma redução do risco de câncer.
Para aqueles que estão acima do peso ou obesos, fazer dieta para perder gordura visceral deve ser uma prioridade para a saúde em geral e a prevenção de doenças.
Gordura visceral e o Microbioma do intestino : Uma Relação Complexa
O microbioma intestinal, que é a coleção de microorganismos que habitam o trato digestivo humano, emergiu como um agente-chave no desenvolvimento e manutenção da gordura visceral.
O microbioma intestinal desempenha um papel crítico no metabolismo dos nutrientes, no funcionamento do sistema imunológico e na regulação da inflamação, todos fatores importantes no desenvolvimento da gordura visceral. Estudos demonstraram que um desequilíbrio no microbioma intestinal, conhecido como disbiose, pode levar a um aumento da inflamação e alteração do metabolismo, contribuindo para o acúmulo de gordura intra-abdominal .
A disbiose também tem sido ligada à resistência à insulina, uma marca registrada da diabetes tipo 2, que está intimamente relacionada ao acúmulo de gordura visceral.
Além disso, pesquisas recentes mostraram que cepas bacterianas específicas no microbioma intestinal podem estar envolvidas na regulação do peso corporal e da distribuição da gordura. Por exemplo, a presença de certas bactérias, como a Akkermansia muciniphila, tem sido associada a um menor risco de obesidade e distúrbios metabólicos, enquanto outras bactérias, como a Firmicutes, têm sido ligadas a níveis mais altos de gordura corporal.
A relação entre a gordura intra-abdominal e o microbioma intestinal é complexa e bidirecional. Enquanto a disbiose intestinal pode levar ao acúmulo de gordura visceral, o acúmulo de gordura visceral também pode alterar o microbioma intestinal, levando a uma maior disbiose. Este microbioma alterado pode, por sua vez, contribuir para o desenvolvimento de distúrbios metabólicos e aumento da inflamação, criando um ciclo vicioso.
Em conclusão, o microbioma intestinal desempenha um papel importante no desenvolvimento e manutenção da gordura visceral. A disbiose do microbioma intestinal pode contribuir para o acúmulo de gordura visceral, enquanto cepas bacterianas específicas podem desempenhar um papel protetor contra a obesidade e distúrbios metabólicos. São necessárias mais pesquisas para compreender completamente a complexa relação entre a gordura visceral e o microbioma intestinal, e para desenvolver intervenções direcionadas para melhorar a saúde intestinal e reduzir o risco de distúrbios metabólicos
Estratégias de Redução de Gordura Visceral : O que você pode fazer a respeito
A redução dos níveis de gordura visceral é um objetivo importante para muitas pessoas. As estratégias mais eficazes para reduzir os níveis de gordura visceral envolve a combinação dos seguintes:
- Dieta saudável: As mudanças na dieta podem ajudar a reduzir os níveis gerais de gordura corporal, incluindo a gordura visceral. Uma dieta pobre em alimentos processados e ricos em frutas, vegetais, gorduras boas e proteínas magras pode ajudar a alcançar este objetivo. Além disso, a redução do consumo de carboidratos e açúcares, gorduras trans e gorduras saturadas pode ser particularmente eficaz na redução dos níveis de gordura visceral.
- Exercício físico regular: O exercício é outra estratégia crítica para reduzir os níveis de gordura visceral. Tanto o exercício aeróbico quanto o treinamento de resistência têm se mostrado eficazes na redução da gordura visceral. Estudos têm demonstrado que o exercício regular pode melhorar a sensibilidade à insulina e reduzir a inflamação, o que pode contribuir para uma redução dos níveis de gordura visceral.
- Mudanças no estilo de vida: Outras mudanças no estilo de vida também podem ser eficazes na redução dos níveis de gordura visceral. A redução dos níveis de estresse através de práticas como meditação e yoga, o sono adequado e a redução do consumo de álcool podem contribuir para uma redução dos níveis de gordura visceral.
Embora estas estratégias sejam eficazes na redução dos níveis de gordura visceral, é importante lembrar que a redução da gordura visceral não é um processo noturno. É preciso tempo e consistência para ver os resultados. Entretanto, ao fazer pequenas e sustentáveis mudanças em sua dieta, exercício e estilo de vida, é possível alcançar e manter um peso saudável e reduzir o risco de condições de saúde crônicas associadas a altos níveis de gordura visceral.
Gordura Visceral e Sono : Como a má qualidade do sono contribui para o acúmulo de gordura
O sono é um aspecto crucial da saúde e do bem-estar, e a importância de um sono adequado tem se tornado cada vez mais reconhecida nos últimos anos. Pesquisas têm mostrado que a má qualidade e duração do sono podem contribuir para uma variedade de problemas de saúde, incluindo a obesidade.
Em particular, estudos têm encontrado uma ligação entre a má qualidade do sono e o acúmulo de gordura visceral.
Um dos mecanismos pelos quais a má qualidade do sono pode contribuir para o acúmulo de gordura visceral é através de seu efeito sobre o hormônio cortisol. O cortisol é um hormônio que é liberado pelo organismo em resposta ao estresse. Níveis elevados de cortisol têm sido ligados ao aumento do acúmulo de gordura visceral.
A má qualidade do sono demonstrou aumentar os níveis de cortisol, o que por sua vez pode contribuir para o acúmulo de gordura visceral.
Outro mecanismo pelo qual a má qualidade do sono pode contribuir para o acúmulo de gordura visceral é através de seu efeito sobre os hormônios da fome como:
- Grelina (hormônio que estimula o apetite)
- Leptina (hormônio que suprime o apetite)
Estudos descobriram que a privação do sono pode aumentar os níveis de grelina e diminuir os níveis de leptina, levando a um aumento no apetite e na ingestão de alimentos. Isto pode contribuir para o ganho de peso e o acúmulo de gordura visceral.
Finalmente, a má qualidade do sono tem sido ligada a uma diminuição da atividade física, que também pode contribuir para o acúmulo de gordura visceral. Estudos têm mostrado que as pessoas que dormem menos tendem a ser menos ativas fisicamente durante o dia, o que pode contribuir para o ganho de peso e o acúmulo de gordura visceral.
Em conclusão, a má qualidade do sono pode contribuir para o acúmulo de gordura visceral através de vários mecanismos, incluindo seu efeito sobre os níveis de cortisol, os hormônios da fome e a atividade física. Portanto, é importante priorizar bons hábitos de sono como parte de uma estratégia geral para manter um peso saudável e reduzir o risco de distúrbios metabólicos.
Gordura Visceral e Envelhecimento : Entendendo as Conseqüências da Redistribuição de Gordura Relacionada ao Envelhecimento
Conforme os indivíduos envelhecem, eles tendem a experimentar mudanças na composição corporal, incluindo a redistribuição da gordura. Uma das mudanças mais significativas que ocorrem é o acúmulo de gordura visceral, que é a gordura que envolve os órgãos na cavidade abdominal.
Embora o acúmulo de gordura visceral seja uma preocupação em qualquer idade, ele é particularmente preocupante quando os indivíduos envelhecem.
Conforme os indivíduos envelhecem, eles tendem a experimentar uma diminuição na massa muscular e um aumento na massa gorda. Esta mudança na composição corporal frequentemente leva a uma diminuição na taxa metabólica e um aumento na resistência à insulina. Como resultado, o acúmulo de gordura visceral se torna mais comum e pode ter consequências significativas para a saúde.
Uma das consequências mais significativas do acúmulo de gordura visceral relacionada à idade é um risco maior de distúrbios metabólicos, como o diabetes tipo 2. Isto se deve ao fato de que a gordura visceral é metabolicamente ativa, o que significa que produz hormônios e outras substâncias que podem interferir com a função metabólica normal. Estas substâncias podem contribuir para a resistência à insulina, que é uma marca registrada da diabetes do tipo 2.
Outra consequência do acúmulo de gordura visceral relacionada à idade é um risco aumentado de doenças cardiovasculares. A gordura visceral demonstrou ser um fator de risco para uma série de problemas cardiovasculares, incluindo:
- Hipertensão
- Doença coronariana
- AVC (Derrame)
Isto se deve ao fato de que a gordura visceral pode contribuir para a inflamação e outras mudanças metabólicas que podem danificar os vasos sanguíneos e aumentar o risco de problemas cardiovasculares.
Em geral, compreender as conseqüências do acúmulo de gordura visceral relacionada à idade é fundamental para manter a saúde à medida que os indivíduos envelhecem. Estratégias para reduzir a gordura visceral, tais como exercícios regulares e uma dieta saudável, podem ajudar a mitigar os efeitos negativos da redistribuição da gordura relacionada à idade e promover melhores resultados para a saúde como a remissão de doenças metabólicas.
Medição de gordura visceral: técnicas, limitações e rumos futuros
A medição da gordura visceral é um aspecto importante para avaliar a saúde em geral e identificar os riscos potenciais à saúde. A gordura visceral é a gordura que se acumula ao redor dos órgãos no abdômen e está associada a uma variedade de problemas de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, resistência à insulina e câncer. A medição da gordura visceral pode ajudar os prestadores de serviços de saúde a identificar os indivíduos que correm risco por esses problemas de saúde e ajudá-los a desenvolver intervenções apropriadas para reduzir seus riscos.
Há várias técnicas usadas para medir a gordura visceral. Um método comum é a tomografia computadorizada (TC), que fornece imagens detalhadas dos órgãos internos e seus depósitos de gordura circundantes. A ressonância magnética (RM) é outra técnica que pode ser usada para medir a gordura visceral . Acredita-se que ambos os métodos medem a gordura visceral com precisão, mas são caros e não disponível em todas as instalações médicas .
Outro método comum de medição de gordura visceral é a análise bioelétrica de impedância (BIA), que envolve a passagem de uma corrente elétrica de baixo nível através do corpo e a medição da resistência dos tecidos do corpo à corrente. Esta técnica é menos dispendiosa e mais amplamente disponível do que a varredura por TC ou RM, mas é considerada menos precisa do que estas técnicas de imagem.
A circunferência da cintura é outro método de estimar a gordura visceral. Uma circunferência da cintura de mais de 90 cm nos homens e de mais de 80 cm nas mulheres é considerada como indicativa de excesso de gordura visceral. Este método é simples e barato, mas pode não refletir com precisão a quantidade de gordura visceral presente em todos os indivíduos.
Embora estas técnicas sejam úteis para medir a gordura visceral, elas também têm algumas limitações. Por exemplo, elas podem ser caras e podem não estar prontamente disponíveis em todos os ambientes de saúde. Elas também requerem treinamento especializado para realizar e interpretar os resultados. Além disso, algumas destas técnicas, como a tomografia computadorizada e a ressonância magnética, expõem o indivíduo à radiação, o que pode ser uma preocupação para alguns pacientes.
As direções futuras na medição de gordura visceral incluem o desenvolvimento de novas técnicas que são menos invasivas e mais acessíveis. Por exemplo, alguns pesquisadores estão explorando o uso de imagens de ultra-som para medir a gordura visceral, que é um método não-invasivo e relativamente barato. Outros pesquisadores estão estudando o uso de biomarcadores no sangue para estimar os níveis de gordura visceral.
Em conclusão, a medição da gordura visceral é um aspecto importante para avaliar a saúde geral e identificar potenciais riscos à saúde. Há várias técnicas disponíveis para medir a gordura visceral, e BIA tem se mostrado um método mais acessível e de boa acurácia.
Estratégias medicamentosas para gordura visceral
A gordura visceral, também conhecida como obesidade central ou gordura do ventre, está associada a uma série de distúrbios metabólicos, incluindo resistência à insulina, diabetes tipo 2 e doenças cardiovasculares. Embora modificações no estilo de vida, como dieta e exercícios físicos, sejam as principais opções de tratamento para a gordura visceral, alguns medicamentos e suplementos também podem ser úteis para reduzir o acúmulo deste tipo prejudicial de gordura. Segue abaixo alguns exemplos:
- Metformina: A metformina é um medicamento comumente prescrito para diabetes tipo 2 que demonstrou ter um efeito modesto na redução da gordura visceral. Estudos descobriram que o uso de metformina está associado a uma diminuição da circunferência da cintura e da massa gorda visceral.
- Orlistate: O Orlistate é um medicamento que reduz a absorção de gordura na dieta. Tem sido considerado eficaz na redução da gordura visceral em indivíduos obesos. Um estudo descobriu que o tratamento com orlistate durante 6 meses resultou em uma redução significativa no volume de gordura visceral.
- Os Agonistas do GLP-1: Os agonistas GLP-1 são uma classe de medicamentos usados para tratar a diabetes tipo 2. Eles funcionam estimulando a liberação de insulina e reduzindo o apetite. Estudos descobriram que os agonistas GLP-1 podem reduzir a massa de gordura visceral em indivíduos obesos, possivelmente reduzindo a ingestão de calorias.
- Ômega-3: Os ácidos graxos Ômega-3 são encontrados em peixes e outros frutos do mar e têm inúmeros benefícios à saúde, incluindo uma redução na gordura visceral. Um estudo revelou que a ingestão de suplementos de ômega-3 por 12 semanas resultou em uma redução significativa da gordura visceral em indivíduos obesos.
- Ácido Alfa Lipóico (ALA): O ácido alfa Lipóico é um antioxidante natural que pode ajudar na redução da obesidade visceral e na resistência à insulina. A obesidade visceral é um tipo de obesidade que afeta os órgãos internos e pode aumentar o risco de doenças cardíacas, diabetes e outras doenças crônicas. Estudos mostram que o ácido alfa-lipóico pode melhorar a sensibilidade à insulina em indivíduos com resistência à insulina, o que pode ajudar a reduzir o risco de diabetes tipo 2. Além disso, o ácido alfa-lipóico pode ajudar a diminuir a inflamação associada à obesidade visceral.
- Berberine HCL: é um composto natural que tem sido amplamente estudado por seus potenciais efeitos no tratamento da obesidade visceral e resistência à insulina. Estudos clínicos sugerem que a berberina HCL pode ajudar a reduzir a obesidade visceral e melhorar a sensibilidade à insulina. Ela parece exercer seus efeitos através de várias vias metabólicas, incluindo a ativação de uma enzima chamada AMPK, que regula o metabolismo energético, e a supressão da expressão de genes envolvidos no armazenamento de gordura.
- Vitamina D3: A deficiência de vitamina D3 tem sido ligada a um risco maior de obesidade e distúrbios metabólicos. Foi constatado que o suplemento com vitamina D3 reduz a massa de gordura visceral em indivíduos obesos. Entretanto, são necessárias mais pesquisas para entender completamente a relação entre a vitamina D3 e a gordura visceral.
- Curcumina: A curcumina é um composto natural encontrado no açafrão-da-terra que tem demonstrado ter propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Pesquisas recentes sugerem que ela pode ser útil no tratamento da obesidade visceral e resistência à insulina. Estudos em animais e humanos sugerem que a curcumina pode ajudar a reduzir a obesidade visceral e melhorar a sensibilidade à insulina. Isso pode ser devido à capacidade da curcumina de reduzir a inflamação e melhorar a função das células beta pancreáticas, que produzem insulina.
É importante notar que estratégias de medicamentos e suplementos para gordura visceral devem ser usadas em conjunto com modificações no estilo de vida, tais como dieta saudável e prática regular de exercícios físicos. Além disso, é importante consultar um clínico ou um cardiologista antes de iniciar qualquer nova atividade física, medicação ou regime de suplementos.
Conclusão : Gordura Visceral
A gordura visceral é um fator de risco conhecido para uma série de doenças crônicas, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2 e câncer. Com base em nossa revisão da literatura, fica claro que a gordura visceral deve ser considerada um problema de saúde significativo e deve ser avaliada regularmente em pacientes de risco.
Embora a perda de peso geral possa reduzir a quantidade de gordura visceral, intervenções específicas, como dieta e exercício físico direcionados, podem ser mais eficazes na redução da gordura visceral. Além disso, há evidências de que o consumo excessivo de açúcar, gordura trans e carboidratos refinados pode contribuir para o acúmulo de gordura visceral.
Em conclusão, é importante que os pacientes estejam cientes dos perigos da gordura visceral e tomem medidas necessárias para perder gordura visceral e assim reduzir o risco cardiovascular.
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