Dr. Bruno de Alvarenga

Obesidade : 1 problema complexo, comum e cheio de riscos

imagem de uma médica fazendo a medição da cintura de uma pessoa com obesidade
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Introdução : Obesidade

Obesidade e sobrepeso são condições médicas comuns que resultam de um acúmulo excessivo de gordura corporal. Estas condições representam um significativo desafio de saúde pública em muitos países e estão associadas a uma série de graves problemas de saúde.

⦁ Definição e prevalência da obesidade e do sobrepeso

A obesidade é geralmente definida como tendo um índice de massa corporal (IMC) de 30 ou mais, enquanto o sobrepeso é definido como tendo um IMC de 25 a 29,9. O IMC é uma medida de gordura corporal que leva em conta a altura e o peso de uma pessoa.
De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), a obesidade mundial mais do que triplicou desde 1975, com uma estimativa de 1,9 bilhões de adultos com excesso de peso em 2016. Destes, mais de 650 milhões eram obesos. Nos Estados Unidos, a prevalência da obesidade aumentou drasticamente nas últimas décadas, com quase 40% dos adultos agora classificados como obesos.

Causas da obesidade

⦁ Genética e história familiar

Há um componente genético na obesidade, com pesquisas sugerindo que fatores herdados podem desempenhar um papel na determinação do risco de uma pessoa ficar obesa ou com sobrepeso. Isto se deve a diferenças na forma como o corpo processa e armazena energia. Além disso, se um ou ambos os pais estão acima do peso ou obesos, é mais provável que seus filhos também estejam.

⦁ Fatores ambientais (por exemplo: estilo de vida sedentário, dieta de alto teor calórico)

Fatores ambientais, como um estilo de vida sedentário e uma dieta altamente calórica, podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade. Comportamentos sedentários, tais como sentar-se pra assistir telas por muitas horas (por exemplo: TV, tablet ou smartphone) , podem reduzir os níveis de atividade física e aumentar a quantidade de tempo gasto consumindo alimentos de alto teor calórico. Além disso, dietas com alto teor calórico, particularmente aquelas com alto teor de gordura e açúcar, podem levar a um desequilíbrio energético que promove o ganho de peso.

 

⦁ Fatores psicológicos (por exemplo: estresse, depressão)

O estresse, a depressão e outros fatores psicológicos também podem contribuir para o desenvolvimento da obesidade. O estresse pode levar a excessos alimentares ou hábitos alimentares pouco saudáveis, e a depressão pode levar a uma falta de motivação para se envolver em atividades físicas ou para manter hábitos alimentares saudáveis. Em alguns casos, certos medicamentos usados para tratar a depressão ou outras condições de saúde mental também podem contribuir para o ganho de peso.

É importante notar que a obesidade é uma condição complexa com múltiplas causas, e frequentemente envolve uma combinação de fatores genéticos, ambientais e psicológicos. A compreensão dessas causas pode ajudar a informar o desenvolvimento de estratégias eficazes para a prevenção e tratamento da obesidade.

Consequências da obesidade e do excesso de peso para a saúde

⦁ Doenças cardiovasculares
A obesidade e o sobrepeso são os principais fatores de risco para doenças cardiovasculares, que incluem condições como doença arterial coronariana, insuficiência cardíaca e acidente vascular cerebral. Isto porque o excesso de gordura corporal pode aumentar a pressão arterial, os níveis de colesterol e a inflamação, o que contribui para o desenvolvimento e a progressão destas condições.

⦁ Diabetes tipo 2
A obesidade e o sobrepeso também são fortes fatores de risco para o diabetes tipo 2, que ocorre quando o corpo se torna resistente à insulina, um hormônio que regula os níveis de açúcar no sangue. Isto pode levar a altos níveis de açúcar no sangue e a uma série de complicações, tais como doenças renais, danos aos nervos e doenças cardiovasculares.

⦁ Apnéia do sono
A apnéia do sono é uma condição na qual a respiração de uma pessoa é interrompida durante o sono. A obesidade e o excesso de peso são os principais fatores de risco para a apnéia do sono porque o excesso de gordura corporal pode levar a um estreitamento das vias respiratórias, tornando mais difícil a respiração. Isto pode resultar em ronco alto, sono interrompido e fadiga durante o dia.

⦁ Problemas nas articulações
A obesidade e o sobrepeso também podem colocar um estresse extra nas articulações, particularmente nos quadris, joelhos e tornozelos. Isto pode aumentar o risco de osteoartrose, uma doença degenerativa das articulações que causa dor, rigidez e perda de mobilidade.

⦁ Câncer
A obesidade e o sobrepeso estão associados a um aumento do risco de vários tipos de câncer, incluindo câncer de mama, cólon e pancreático. Os mecanismos exatos pelos quais o excesso de gordura corporal contribui para o risco de câncer não são totalmente compreendidos, mas podem envolver mudanças hormonais, inflamação e estresse oxidativo.

Diagnóstico e avaliação da obesidade e sobrepeso

O diagnóstico e a avaliação da obesidade e sobrepeso é uma parte importante do gerenciamento dessas condições. Aqui estão alguns métodos comuns usados para diagnóstico e avaliação:

⦁ Índice de massa corporal (IMC)
Esta é uma medida de gordura corporal baseada na altura e no peso. É calculado dividindo o peso em quilos pelo quadrado da altura em metros (IMC = peso (kg) / altura (m2). O IMC é usado para determinar se um indivíduo está abaixo do peso, peso normal, acima do peso ou obeso. A Organização Mundial da Saúde (OMS) define sobrepeso como um IMC maior ou igual a 25, e obesidade como um IMC maior ou igual a 30.

⦁ Circunferência da cintura abdominal
Esta medida é usada para avaliar a obesidade abdominal, que é um fator de risco para várias condições de saúde. Para medir a circunferência da cintura, uma fita métrica é enrolada ao redor do abdômen ao nível do umbigo. Uma circunferência da cintura maior que 94cm ou mais para homens e 80cm ou mais para mulheres é considerada um fator de risco para problemas de saúde relacionados à obesidade.

⦁ Outras medidas (por exemplo: percentagem de gordura corporal, espessura da pele)

Existem outros métodos para avaliar a gordura corporal, incluindo a porcentagem de gordura corporal e a espessura da pele. A porcentagem de gordura corporal é uma medida da quantidade total de gordura corporal como uma porcentagem do peso corporal total. As medições da espessura da dobra da pele envolvem o uso de paquímetros para medir a espessura de uma dobra de pele e tecido adiposo subjacente em diferentes pontos do corpo

É importante observar que embora estas medidas possam fornecer uma indicação útil do risco de gordura corporal e obesidade, elas podem não ser precisas para todos. Por exemplo, o IMC pode não ser um bom indicador de gordura corporal para atletas ou adultos mais velhos com mais massa muscular, enquanto a circunferência da cintura pode não refletir com precisão a gordura abdominal em indivíduos com uma grande quantidade de gordura visceral.

Portanto, os profissionais de saúde podem usar uma combinação desses métodos e levar em conta outros fatores, como histórico médico, estilo de vida e saúde geral, ao avaliar e diagnosticar obesidade e As medições da espessura da dobra da pele envolvem o uso de paquímetros para medir a espessura de uma dobra de pele e tecido adiposo subjacente em diferentes pontos do corpo.

⦁ Uso da Bioimpedanciometria no diagnóstico e tomada de decisão

A análise de bioimpedância (BIA) é um método não invasivo para avaliar a composição corporal, que pode ser útil no diagnóstico e prognóstico da obesidade. A BIA se baseia no princípio de que diferentes tecidos do corpo têm diferentes condutividades elétricas. O tecido adiposo tem uma condutividade menor que o tecido magro, o que permite a estimativa da porcentagem de gordura corporal através da medição da impedância de uma corrente elétrica de baixa intensidade.

O BIA pode ser realizado usando uma variedade de métodos, incluindo análise de frequência única e de multifrequência.

A BIA pode ser usada para avaliar tanto a porcentagem total de gordura corporal quanto a gordura visceral, que é a gordura que se acumula ao redor dos órgãos abdominais e está associada ao aumento dos riscos à saúde. A gordura visceral pode ser estimada usando a relação cintura/quadril ou usando a BIA para medir a impedância do abdômen.

A BIA também pode ser usada para rastrear mudanças na composição corporal ao longo do tempo, o que pode ser útil para monitorar a eficácia das intervenções de perda de peso.

Em geral, a BIA é uma ferramenta útil para avaliar a composição corporal em indivíduos com obesidade, e pode fornecer informações importantes para diagnóstico, prognóstico e tomada de decisões de tratamento. 

Tratamento da Obesidade com mudanças no estilo de vida

Aqui está uma visão geral das três principais abordagens para tratar a obesidade e sobrepeso:

⦁ Modificações no estilo de vida (por exemplo: dieta, exercícios)

Esta abordagem envolve fazer mudanças na dieta e nos hábitos de exercício para alcançar a perda de peso. É tipicamente a primeira linha de tratamento para sobrepeso e obesidade, já que é geralmente segura e eficaz para a maioria das pessoas.
Alguns exemplos de modificações no estilo de vida incluem:

  1. Comer uma dieta saudável e equilibrada que seja baixa em calorias e alta em nutrientes, como frutas, vegetais, proteína magra, carboidratos de baixa carga glicêmica e boas fontes de gordura.
  2. Reduzir o tamanho das porções e evitar alimentos e bebidas com alto teor calórico, tais como bebidas açucaradas, alimentos fritos e sobremesas.
  3. Incorporar exercício regular na rotina diária, como caminhada, ciclismo ou natação.
  4. Manter-se a par do progresso e fazer os ajustes necessários para continuar perdendo peso.

Tratamento medicamentoso da Obesidade

⦁ Medicamentos para perda de peso

Os medicamentos podem ser uma opção de tratamento eficaz para algumas pessoas com obesidade que não conseguem alcançar ou manter a perda de peso apenas através de modificações no estilo de vida. Estes medicamentos funcionam de várias maneiras, tais como reduzir o apetite, bloquear a absorção de gordura ou alterar a maneira como o corpo processa os alimentos.
Esses medicamentos são normalmente prescritos por um médico e usados em combinação com modificações no estilo de vida.

Alguns exemplos de medicamentos para emagrecer incluem:

  1. Orlistat: Um medicamento que bloqueia a absorção de gordura é chamado orlistat. O orlistat funciona inibindo a enzima que quebra a gordura no sistema digestivo, de modo que o corpo não pode absorver tanta gordura dietética. Como resultado, mais gordura é excretada nas fezes. O Orlistat pode causar alguns efeitos colaterais gastrointestinais desagradáveis, tais como fezes oleosas e flatulência, mas geralmente é bem tolerado.
  2. Agonista receptor do peptídeo 1 (GLP-1): Uma classe de medicamentos usados para tratar diabetes e que pode ajudar na perda de peso. Estes funcionam estimulando a liberação de insulina e reduzindo o apetite. Estes medicamentos são tipicamente utilizado em combinação com uma dieta de redução de calorias e aumento da atividade física. Em ensaios clínicos, as pessoas que tomaram perderam significativamente mais peso do que aquelas que tomaram um placebo. Entre as medicações desta classe o que diferencia acaba sendo a posologia (frequência em que o medicamento deve ser utilizado).

Uso de Suplementos no tratamento da Obesidade

 

  • Alguns exemplos de suplementos que contribuem para o processo de emagrecimento:

  1. Ômega-3: Os ácidos graxos Ômega-3 são encontrados em peixes e outros frutos do mar e têm inúmeros benefícios à saúde, incluindo uma redução na gordura. Um estudo revelou que a ingestão de suplementos de ômega-3 por 12 semanas resultou em uma redução significativa da gordura visceral em indivíduos obesos.
  2. Ácido Alfa Lipóico (ALA): O ácido alfa Lipóico é um antioxidante natural que pode ajudar na redução de gordura em obesos e na resistência à insulina. Estudos mostram que o ácido alfa-lipóico pode melhorar a sensibilidade à insulina em indivíduos com resistência à insulina, o que pode ajudar a reduzir o risco de diabetes tipo 2. Além disso, o ácido alfa-lipóico pode ajudar a diminuir a inflamação associada à obesidade.
  3. Berberine HCL: é um composto natural que tem sido amplamente estudado por seus potenciais efeitos no tratamento da obesidade e resistência à insulina. Estudos clínicos sugerem que a berberina HCL pode ajudar a reduzir gordura em obesos e melhorar a sensibilidade à insulina. Ela parece exercer seus efeitos através de várias vias metabólicas, incluindo a ativação de uma enzima chamada AMPK, que regula o metabolismo energético, e a supressão da expressão de genes envolvidos no armazenamento de gordura.
  4. Vitamina D3: A deficiência de vitamina D3 tem sido ligada a um risco maior de obesidade e distúrbios metabólicos. Foi constatado que o suplemento com vitamina D3 reduz a massa de gordura visceral em indivíduos obesos. Entretanto, são necessárias mais pesquisas para entender completamente a relação entre a vitamina D3 e a gordura visceral.
  5. Curcumina: A curcumina é um composto natural encontrado no açafrão-da-terra que tem demonstrado ter propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. Pesquisas recentes sugerem que ela pode ser útil no tratamento da obesidade visceral e resistência à insulina. Estudos em animais e humanos sugerem que a curcumina pode ajudar a reduzir a obesidade visceral e melhorar a sensibilidade à insulina. Isso pode ser devido à capacidade da curcumina de reduzir a inflamação e melhorar a função das células beta pancreáticas, que produzem insulina.

 

É importante notar que os medicamentos para perda de peso não são apropriados para todos e devem ser utilizados sob a orientação de um médico. Algumas pessoas podem sofrer efeitos colaterais ou podem não ser capazes de tomar certos medicamentos devido a outras condições médicas ou medicamentos que estão tomando. Além disso, os medicamentos devem ser usados em combinação com modificações no estilo de vida, tais como alimentação saudável e aumento da atividade física, para a melhor chance de alcançar e manter a perda de peso.

Tratamento Cirúrgico da Obesidade

⦁ Cirurgia bariátrica

Esta abordagem envolve alterar cirurgicamente o sistema digestivo para limitar a quantidade de alimentos que podem ser ingeridos e/ou absorvidos. A cirurgia bariátrica é tipicamente reservada para pessoas com obesidade severa que não foram capazes de alcançar a perda de peso por outros meios. Existem vários tipos de cirurgia bariátrica, inclusive:

  1. Cirurgia gástrica: Um procedimento no qual o estômago é dividido em uma pequena bolsa superior e uma bolsa inferior maior, e o intestino delgado é redirecionado para a pequena bolsa superior. Isto limita a quantidade de alimentos que podem ser ingeridos e a quantidade de nutrientes que podem ser absorvidos.
  2. Gastrectomia da manga (Sleeve): Um procedimento no qual uma porção do estômago é removida para criar um estômago menor, em forma de tubo. Isto limita a quantidade de alimentos que podem ser consumidos e reduz a sensação de fome.
  3. Banda gástrica laparoscópica ajustável: Um procedimento no qual uma faixa ajustável é colocada ao redor da parte superior do estômago para criar uma bolsa estomacal menor. Isto limita a quantidade de alimentos que podem ser consumidos e aumenta as sensações de plenitude.

 

É importante observar que cada uma destas abordagens tem seus próprios riscos e benefícios, e o que funciona melhor para uma pessoa pode não funcionar para outra. Um provedor de saúde pode ajudar a determinar a abordagem mais apropriada com base nas necessidades e no histórico médico de um indivíduo.

Prevenção da obesidade

A prevenção da obesidade e sobrepeso é um importante objetivo de saúde pública, pois estas condições estão associadas a numerosas complicações de saúde, incluindo doenças cardiovasculares, diabetes tipo 2, e certos tipos de câncer.


⦁ Estratégias de saúde pública (por exemplo: promoção de alimentação saudável e atividade física)

Estratégias eficazes de prevenção envolvem a promoção de alimentação saudável e atividade física, assim como intervenções direcionadas a indivíduos de alto risco, tais como crianças e pessoas com histórico familiar de obesidade.

Uma importante estratégia de saúde pública para prevenir a obesidade e o excesso de peso é a promoção de uma alimentação saudável. Isto pode incluir iniciativas destinadas a aumentar o acesso a alimentos saudáveis, tais como frutas, vegetais, grãos integrais e fontes de proteína magra, e reduzir o acesso a alimentos insalubres, tais como aqueles com alto teor de açúcar, gordura trans e sódio.

A atividade física é também um componente importante da prevenção da obesidade e do excesso de peso. As estratégias de saúde pública podem incluir iniciativas destinadas a aumentar as oportunidades de atividade física, tais como construir trilhas para caminhadas e ciclismo, proporcionar parques e áreas de recreação seguras e acessíveis, e promover opções de transporte ativo, tais como caminhadas ou ciclismo para o trabalho ou para a escola.

Além disso, a educação física e os programas de recreação nas escolas podem ajudar as crianças a desenvolver hábitos saudáveis de exercício físico no início da vida.

 

⦁ Intervenções para indivíduos de alto risco (por exemplo: crianças, pessoas com histórico familiar de obesidade)

Intervenções dirigidas a indivíduos de alto risco, tais como crianças e pessoas com histórico familiar de obesidade, também podem ser eficazes na prevenção da obesidade e sobrepeso. Por exemplo, as escolas podem implementar programas de nutrição e atividade física para ajudar as crianças a desenvolver hábitos saudáveis, e os prestadores de serviços de saúde podem selecionar e aconselhar os pacientes que estão em risco de obesidade. Além disso, as intervenções baseadas na família podem ajudar pais e filhos a trabalharem juntos para fazer escolhas de estilo de vida saudável.

Em conclusão, a prevenção da obesidade e do excesso de peso é um importante objetivo de saúde pública. Estratégias de saúde pública, incluindo a promoção de alimentação saudável e atividade física, assim como intervenções direcionadas a indivíduos de alto risco, podem ser eficazes na prevenção dessas condições e na redução das complicações de saúde associadas.

 

Conclusão

⦁ Recapitulação dos pontos-chave

O tratamento da obesidade frequentemente envolve mudanças significativas no estilo de vida, que podem ser difíceis de implementar e manter ao longo do tempo. Os profissionais de saúde podem ajudar os pacientes a permanecerem motivados e concentrados em seus objetivos de controle de peso.


Aqui estão alguns dos pontos-chave que podem ser recapitulados durante o tratamento da obesidade:

  1. A importância do controle calórico: A redução da ingestão calórica é um componente essencial da perda de peso. Os pacientes podem ser aconselhados a rastrear sua ingestão de alimentos e reduzir a quantidade de alimentos com alto teor calórico e gorduroso que consomem.
  2. Atividade física: O exercício é importante para a saúde geral, e pode ajudar os pacientes a queimar calorias e perder peso. Os pacientes podem ser aconselhados a fazer pelo menos 150 minutos de exercício de intensidade moderada por semana.
  3. Estratégias comportamentais: Os pacientes podem ser encorajados a identificar e mudar os comportamentos que contribuem para seu ganho de peso. Por exemplo, eles podem ser aconselhados a evitar comer enquanto assistem TV ou usam o telefone, pois estas atividades podem levar a comer demais.
  4. Intervenções médicas: Em alguns casos, os pacientes podem ser prescritos medicamentos ou submetidos à cirurgia bariátrica para ajudar na perda de peso.
  5. Apoio social: Os pacientes podem ser aconselhados a procurar apoio da família e amigos, ou se juntar a um grupo de apoio ou programa de emagrecimento. O apoio social pode ajudar os pacientes a permanecerem motivados e responsáveis.
  6. Gerenciamento de longo prazo: O tratamento da obesidade não é uma intervenção única, mas um compromisso a longo prazo. Os pacientes podem ser aconselhados a continuar a monitorar seu peso e fazer escolhas saudáveis de estilo de vida para manter sua perda de peso ao longo do tempo.

 

Os profissionais de saúde podem ajudar os pacientes a permanecerem concentrados em seus objetivos de controle de peso e alcançar sucesso a longo prazo no controle de sua obesidade, analisando estes pontos chaves.

⦁ Orientações futuras para a pesquisa e a prática clínica

  1. Abordagens personalizadas: Uma das tendências emergentes no tratamento da obesidade é o desenvolvimento de abordagens personalizadas para a perda de peso. Isto envolve intervenções sob medida para características individuais como genética, perfil metabólico, hábitos de vida e fatores psicológicos.
  2. Novas terapias farmacológicas: Há um interesse crescente no desenvolvimento de novos agentes farmacológicos para o tratamento da obesidade. Vários medicamentos promissores estão sendo testados atualmente em ensaios clínicos, incluindo medicamentos que visam a regulação do apetite, metabolismo e hormônios intestinais.
  3. Ferramentas digitais de saúde: As ferramentas digitais de saúde, tais como aplicações móveis, dispositivos viáveis e telemedicina, estão sendo cada vez mais utilizadas para apoiar os esforços de perda de peso. Estas ferramentas podem fornecer feedback em tempo real, treinamento personalizado e apoio social, tornando mais fácil para as pessoas aderirem a hábitos saudáveis.
  4. Modelos de cuidados integrados: Dado que a obesidade é uma condição complexa com múltiplas causas subjacentes, há necessidade de modelos de cuidados integrados que reúnam diferentes profissionais de saúde (por exemplo: nutricionista, psicólogo e médico) para fornecer cuidados abrangentes e coordenados aos pacientes.
  5. Intervenções baseadas na comunidade: Há um reconhecimento crescente da importância de intervenções baseadas na comunidade na prevenção e tratamento da obesidade. Isto inclui iniciativas como a construção de ambientes alimentares saudáveis, a promoção da atividade física em escolas e locais de trabalho e a criação de redes de apoio social para o controle de peso.
  6. Foco em resultados a longo prazo: Finalmente, há necessidade de um maior foco em resultados a longo prazo no tratamento da obesidade. Embora muitas intervenções tenham se mostrado eficazes no curto prazo, a sustentação da perda de peso no longo prazo continua sendo um desafio. As pesquisas futuras devem se concentrar na identificação de estratégias que possam ajudar as pessoas a manter sua perda de peso ao longo do tempo.

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