Dr. Bruno de Alvarenga

Síndrome Pós-COVID: sintomas e tratamentos promissores

imagem ilustrativa do

Introdução: Síndrome Pós-COVID (COVID longa)

Desde o início da pandemia da COVID-19, a atenção da comunidade científica tem se concentrado na identificação e tratamento da doença aguda. Entretanto, com o tempo, alguns pacientes têm apresentado sintomas persistentes após a recuperação da infecção aguda, o que tem sido chamado de Síndrome Pós-COVID ou COVID longa.

A pandemia da COVID-19 afetou milhões de pessoas no mundo todo, com uma ampla gama de sintomas e resultados. Enquanto muitas pessoas com COVID-19 apresentam apenas sintomas leves ou se recuperam completamente, alguns indivíduos continuam a apresentar sintomas durante semanas ou mesmo meses após sua infecção inicial. Este fenômeno é conhecido como COVID longa.

Definição: Síndrome Pós-COVID (COVID longa)

A Síndrome Pós-COVID ou COVID Longa já tem definição oficial de doença pela OMS, segundo a mesma qualquer condição que surja após 3 meses da contaminação por COVID-19, que apresente sintomas com duração de no mínimo 2 meses e que não podem ser justificados por outro diagnóstico.
A definição de COVID Longa é importante para ajudar os profissionais de saúde e os pesquisadores a entender o escopo e o impacto desta condição. A COVID Longa é uma doença de múltiplos sistemas que pode afetar indivíduos que tiveram sintomas leves, moderados ou graves de COVID-19, incluindo aqueles que estavam assintomáticos.

Os sintomas da COVID Longa podem variar muito e podem afetar vários sistemas de órgãos, incluindo os sistemas:

  1. Respiratório
  2. Cardiovascular
  3. Neurológico
  4. Gastrointestinal

Sintomas: Síndrome Pós-COVID (COVID longa)

Os sintomas podem incluir:
1 Fadiga
2 Falta de ar
3 Dor no peito
4 Palpitações
5 Brain fog (cansaço mental /neblina cerebral)
6 Dor articular
7 Fraqueza muscular
8 Dor de cabeça
9 Perda de olfato ou paladar
10 Sintomas gastrointestinais
11 Queda de cabelo
12 Depressão
13 Ansiedade
14 Alterações menstruais
15 Perda de libido
16 Impotência
17 Zumbido no ouvido

Estes sintomas podem persistir por semanas ou meses após a infecção inicial pela COVID-19, e podem flutuar ou mudar com o tempo.
A definição de COVID Longa, seus sintomas, diagnóstico e prevalência é crucial para entender o impacto da COVID-19 nos indivíduos e na sociedade, e para fornecer cuidados e apoio adequados para aqueles afetados por esta condição.

Epidemiologia: Síndrome Pós-COVID (COVID longa)

A prevalência da Síndrome Pós-COVID varia de acordo com os estudos, mas estima-se que cerca de 10-30% dos pacientes que tiveram COVID-19 podem desenvolvê-la. Não há predomínio por sexo ou idade, mas parece ser mais comum em pacientes que tiveram a forma grave da doença. Entretanto, estudos  que uma proporção significativa de pacientes com COVID-19 pode desenvolver COVID Longa.

Um estudo publicado no The Lancet em janeiro de 2021 descobriu que 76% dos pacientes com COVID-19 tiveram pelo menos um sintoma contínuo seis meses após sua infecção inicial, sendo a fadiga e a fraqueza muscular os sintomas mais comuns. Em conclusão, a COVID longa é uma condição complexa e multissistêmica que pode afetar indivíduos com diferentes graus de severidade.

Fisiopatologia: Síndrome Pós-COVID (COVID longa)

Em resumo, a Síndrome Pós-COVID é uma condição complexa e multifatorial, que pode ser causada por:

  • Persistência viral:

Uma das hipóteses é que a Síndrome Pós-COVID seja causada pela presença contínua do vírus ou de suas proteínas no organismo. De fato, estudos têm mostrado que o RNA do SARS-CoV-2 pode ser detectado em vários órgãos mesmo após a recuperação da infecção aguda. Esse fenômeno é chamado de viremia tardia e pode explicar a persistência dos sintomas em alguns pacientes. Além disso, estudos de autópsia têm revelado a presença do vírus em tecidos como o pulmão, o coração, o sistema nervoso central e o trato gastrointestinal, sugerindo que o vírus pode causar lesões em múltiplos órgãos.

  • Inflamação crônica e hiperatividade imune:

Outra hipótese é que a Síndrome Pós-COVID seja causada por uma resposta imune exagerada ao vírus, levando a uma inflamação crônica. Estudos têm mostrado que pacientes com COVID-19 apresentam um perfil inflamatório elevado, com aumento dos níveis de citocinas pró-inflamatórias como a interleucina-6 (IL-6), fator de necrose tumoral alfa (TNF-α), interleucina 12 (IL 12) e a interleucina-1 beta (IL-1β). Essa resposta inflamatória pode persistir mesmo após a recuperação da infecção aguda, causando sintomas persistentes.

  • Danos diretos a órgãos e tecidos:

Além disso, também é possível que o vírus cause danos diretos a órgãos e tecidos, especialmente o pulmão e o coração. Estudos têm mostrado que alguns pacientes com COVID-19 que apresentam fibrose pulmonar e disfunção cardíaca (exemplo: miocardiopatia dilatada secundária a miocardite) mesmo após a recuperação da infecção aguda.

O entendimento desses mecanismos é fundamental para o desenvolvimento de tratamentos mais eficazes e para a prevenção da Síndrome Pós-COVID. A fisiopatologia da Síndrome Pós-COVID ainda não está completamente esclarecida, mas vários mecanismos fisiopatológicos são propostos.

Outros mecanismos fisiopatológicos também têm sido propostos para explicar a Síndrome Pós-COVID, como:

  • Disfunção endotelial
  • Aumento da coagulação sanguínea
  • Disautonomia cardíaca

No entanto, ainda são necessárias mais pesquisas para esclarecer esses mecanismos e sua relação com a Síndrome Pós-COVID.

Diagnóstico: Síndrome Pós-COVID (COVID longa)

A COVID longa, também conhecida como Sequela Pós-Aguda da infecção pelo SARS-CoV-2 (PASC), é uma condição debilitante que afeta alguns indivíduos que se recuperaram da COVID-19. Enquanto os sintomas da COVID-19 normalmente se resolvem em poucas semanas após a infecção, alguns pacientes continuam a apresentar sintomas persistentes que podem durar meses, mesmo depois que o vírus não é mais detectável em seu corpo.

Já foram lançados estudos mostrando a persistência de monócitos não clássicos devido a presença da protéina spike (S1) por tempo maior que 15 meses, e dessa forma causando inflamação sistêmica e hiperatividade imune.

O diagnóstico da Síndrome Pós-COVID é essencialmente clínico, baseado na presença de sintomas persistentes após a infecção aguda pelo SARS-CoV-2, o diagnóstico de PASC é frequentemente feito com base em uma combinação de história do paciente, apresentação clínica e exclusão de outras causas potenciais de sintomas.

Ainda no diagnóstico, testes laboratoriais, estudos de imagem, testes diagnósticos e outros específicos da medicina de alta precisão (exemplo: painel de citocinas), conforme necessário são recursos para entender causas potenciais dos sintomas dos pacientes.

O paciente pode se apresentar sequelas estruturais como fibrose pulmonar e miocardiopatia dilata secundária à miocardite, sendo necessário acompanhamento médico junto ao médico especialista, exames como tomografia computadorizada, espirometria e ecocardiograma confirmam o diagnóstico.

Os exames laboratoriais e de imagem são necessários inclusive para diagnóstico diferencial, já que os sintomas de PASC podem confundir quanto as seguintes patologias:

  1. Fibromialgia
  2. Depressão
  3. Hipotireoidismo
  4. Síndrome da Fadiga Crônica
  5. Menopausa
  6. Disbiose Intestinal

Desta forma podemos subdividir a Síndrome Pós-COVID em 3 tipos:

  • Estrutural: Lesão estrural de órgãos com sequela permanentes (exemplo: fibrose pulmonar e insuficiência cardíaca) e deve ser acompanhado pelo médico especialista, respectivamente pneumologista e cardiologista neste caso além de toda sorte de reabilitação com outros profissionais de saúde.
  • Imunológico: O mais comum, podendo ser definido como uma Síndrome de hiper-reatividade imune, potencializada e retroalimentada pela via TH1, causando endotelite generalizada.
  • Gatilho: Aqui se destacam condições geradas decorrente ao Pós Covid imunológico (exemplo: Diabetes, Tireoidite de Hashimoto, Disbiose Intestinal, Menopausa, Fibromialgia, Sindrome da Fadiga Crônica, Reativação viral por Epstein Baar ou CMV)

Tratamento medicamentoso : Síndrome Pós-COVID (COVID longa)

O tratamento da Síndrome Pós-COVID é baseado no controle dos sintomas e na melhora da qualidade de vida do paciente.

Os medicamentos utilizados variam de acordo com os sintomas apresentados e a apresentação clínica, podendo incluir:

  • Corticóides
  • Estatinas
  • Antiparasitários
  • Anti-retrovirais
  • Antidepressivos
  • Ansiolíticos
  • Analgésicos

Os principais medicamentos utilizados no tratamento de PASC conforme as referências adotas por este artigo, serão descritos abaixo:

  • Corticosteroides: Os corticosteroides, podem ser usados ​​para reduzir a inflamação nos pulmões e em outras partes do corpo. Em baixas doses vai promover inibição da via TH1 e assim reduzindo a hiperativação imune.
  • Anti-retroviral da classe dos inibidor da CCR5: Utilizado no tratamento do HIV, este medicamento foi utilizado em estudo para tratamento de Síndrome Pós-Covid devido seu mecanismo de ação na inativação de monócitos não clássicos pela inibição da CCR5 (receptor da quimiocina nº5). Lembrando que é uma medicação pouco disponível e com alto custo.
    *A combinação do inibidor de CCR5 com estatina de alta potência foi utilizada  em estudo ainda não revisado por pares porém com bons resultados no tratamento da hiperativação imune e endotelite.
  • Estatinas: As estatinas (principalmente as de alta potência) comumente utilizadas na prevenção secundária de eventos cardiovasculares e também com intuito de reduzir níveis de colesterol, podem ser utilizadas para promover inibição de citocinas inflamatórias e fratalquinas, e dessa forma tratando a hiperativação imune e a endotelite (inflamação vascular).
  • Ivermectina: esta droga também foi utlizada em muitos estudos onde apresentou bons resultado devido seus mecanismos de atuação em:
  1. Persistência viral
  2. Microtrombos
  3. Auto-anticorpos
  4. Reativação de vírus oportunistas (CMV e HBV)
  5. Hiperatividade Imune pela via TH1 (mediada por IL 2, IL 12 e interferon gama)

Além disso, a reabilitação pode ser necessária em casos de disfunções pulmonares, cardíacas ou musculoesqueléticas.

Tratamento com suplementos : Síndrome Pós-COVID (COVID longa)

Assim como o tratamento medicamentoso com os fármacos abordados no subtítulo anterior,  o uso dos suplementos será ancorado em 3 pilares:

  1. Repolarização de macrófagos
  2. Inibição da fratalquina no endotélio vascular
  3. Redução de citocinas inflamatórias

Seguem alguns suplementos que podem ser utilizados no tratamento da COVID longa:

  1. Vitamina C: Potente anti-oxidante também é importante para o sistema imunológico e pode ajudar a reduzir a inflamação, capaz de realizar repolarização macrofágica.
  2. Curcumina: anti-inflamatório natural com propriedades imunológicas e tem demonstrado ser capaz de realizar repolarização macrofágica.
  3. Vitamina D: A vitamina D demonstrou ter efeitos imunomoduladores e pode desempenhar um papel na redução da gravidade da COVID-19. Alguns estudos sugeriram que a suplementação com vitamina D também pode ser benéfica no tratamento da COVID longa.
  4. Ácidos graxos ômega-3: Os ácidos graxos ômega-3, encontrados nos suplementos de óleo de peixe, têm efeitos anti-inflamatórios e podem ser úteis na redução da inflamação em pacientes com COVID longa.
  5. Melatonina: um hormônio produzido pelo corpo para ajudar a regular o sono, pode ser útil para pessoas com COVID longo que têm dificuldade para dormir, além de ser um potente anti-oxidante.
  6. Probióticos: Promovem a melhora de microbioma intestinal, a disbiose intestinal pode ocorrer pela infecção por SARS-CoV2.

Tratamento não farmacológico : Síndrome Pós-COVID (COVID longa)

Além da terapia de medicamentos e suplementos, recomenda-se uma abordagem multidisciplinar para o tratamento de COVID longa. Esta abordagem pode incluir as seguintes estratégias:

  1. Fisioterapia: A fisioterapia pode ajudar a melhorar a força muscular e a mobilidade em pacientes com COVID longo que estejam experimentando fadiga, fraqueza ou dores articulares.
  2. Terapia Cognitiva Comportamental (TCC): A CBT é uma forma de terapia de fala que pode ajudar os pacientes a lidar com sintomas como ansiedade e depressão. Ela também pode ser útil na abordagem dos sintomas cognitivos da COVID prolongada, como a neblina cerebral.
  3. Aconselhamento nutricional: Uma nutrição adequada é essencial para a saúde geral e pode ajudar a apoiar o sistema imunológico. Aconselhamento nutricional pode ajudar os pacientes a desenvolver hábitos alimentares saudáveis e garantir que eles estejam recebendo nutrientes adequados.
  4. Higiene do sono: Distúrbios do sono são comuns em pacientes com COVID longo. Melhorar a higiene do sono, como a criação de um horário de sono regular e evitar o tempo de triagem antes de dormir, pode ajudar a melhorar a qualidade do sono.

Reabilitação : Síndrome Pós-COVID (COVID longa)

A reabilitação desempenha um papel crucial na melhoria dos resultados para os pacientes com Síndrome Pós-COVID, abordando os sintomas físicos, cognitivos e emocionais que eles experimentam, segue algumas modalidades:

  • Reabilitação física: A reabilitação física é essencial para ajudar os pacientes COVID de longa duração a recuperar suas forças e melhorar seu funcionamento físico. Este tipo de reabilitação pode incluir exercícios para melhorar a resistência, força e flexibilidade. Os pacientes também podem se beneficiar de exercícios respiratórios para ajudar a controlar a falta de ar, e fisioterapia para ajudar a controlar a dor ou rigidez articular.
  • Reabilitação Cognitiva: A reabilitação cognitiva é focada na abordagem dos sintomas cognitivos que os pacientes com COVID podem experimentar durante muito tempo. Este tipo de reabilitação pode incluir exercícios para melhorar a memória, a atenção e a concentração. Além disso, pode incluir técnicas para ajudar os pacientes a administrar a neblina cerebral ou a exaustão mental.
  • Reabilitação Emocional: A reabilitação emocional é essencial para lidar com os sintomas de saúde mental experimentados por pacientes COVID de longa duração. Este tipo de reabilitação pode incluir técnicas para ajudar os pacientes a lidar com a ansiedade, depressão e outros problemas de saúde mental que podem surgir como resultado dos sintomas contínuos que eles experimentam. Os pacientes também podem se beneficiar de aconselhamento e de grupos de apoio para ajudá-los a lidar com o custo emocional da COVID longa.

Em geral, a reabilitação desempenha um papel crucial na melhoria dos resultados para os pacientes com sequelas da COVID longa. Ao abordar os sintomas físicos, cognitivos e emocionais que os pacientes experimentam, a reabilitação pode ajudar esses indivíduos a recuperar sua qualidade de vida e retornar às suas atividades diárias.

Conclusão: Síndrome Pós-COVID (COVID longa)

A síndrome Pós-COVID ou COVID longa é um fenômeno ainda pouco compreendido pela comunidade médica. No entanto, as evidências crescentes indicam que muitos pacientes que se recuperaram da infecção pelo SARS-CoV-2 podem continuar a experimentar sintomas persistentes e debilitantes por semanas ou mesmo meses após a infecção aguda.

Embora ainda haja muito a ser aprendido sobre essa condição, as descobertas atuais sugerem que a síndrome pode afetar uma ampla gama de sistemas corporais e pode ter implicações significativas para a saúde a longo prazo.

No entanto, é importante lembrar que, embora a Síndrome Pós-COVID possa ser uma condição debilitante e desafiadora, a grande maioria das pessoas que se recuperam da COVID-19 experimentam apenas sintomas leves ou nenhum sintoma após a infecção aguda. Porém a COVID longa pode afetar até 20% das pessoas infectadas, e no Reino Unido já é a maior causa de demissões e afastamentos do trabalho.

Síndrome Pós-COVID é uma condição cada vez mais comum entre os pacientes que tiveram contato com a proteína spike e pode ter efeitos a longo prazo significativos na saúde. É importante que as pessoas que apresentam sintomas de COVID longa busquem ajuda médica para gerenciar seus sintomas e minimizar os riscos de complicações a longo prazo.

Ainda há incertezas sobre sua fisiopatologia e tratamento, mas é importante que os profissionais de saúde estejam atualizados quanto aos estudos e atentos aos sintomas persistentes após a infecção aguda pelo SARS-CoV-2, e que os pacientes sejam acompanhados de forma adequada e contínua para que tenham uma estratégia de tratamento personalizada, integrada e multidisciplinar de forma precoce.

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